segunda-feira, 30 de junho de 2008

"Quantum of Solace": my name is Craig, Daniel Craig!

Nunca fui um fã da saga James Bond mas tenho de admitir que apreciei "Casino Royale" de Martin Campbell, um blockbuster muito acima da média produzida por Hollywood e sobretudo com o melhor James Bond de todos os tempos, o Sr. Daniel Craig (sim, sim, à frente de Sir Sean Connery).
"Quantum of Solace" é portanto aguardado com alguma curiosidade, desta vez dirigido por Marc Forster, realizador de filmes tão díspares como "Finding Neverland", "Stay" ou "Stranger Than Fiction", e que faz aqui o seu primeiro filme de acção. Em resumo, um realizador tecnicamente competente, capaz de contar uma história e de caracterizar minimamente personagens, a meio caminho entre o yesman respeitável e o autor sobrevalorizado. Um perfil no final parecido com o do simpático Martin Campbell, com uma pequena vantagem técnica para Forster mesmo se Campbell já oficiou directamente no cinema de género ao contrário de Forster.
E o primeiro teaser trailer mostra claramente que haverá uma continuidade com "Casino Royale", em termos visuais, no desenvolvimento de um ambiente mais rugoso e brutal e, sobretudo, na caracterização cada vez mais badass de um James Bond apenas preocupado em vingar-se, borifando-se totalmente para as ordens da sua majestade.
A estreia está prevista para dia 6 de Novembro, esperemos portanto que se mantenha o tom negro e ambíguo do filme anterior, com cenas de acção credíveis e competentes e corringindo algunas errâncias narrativas do filme de Martin Campbell. Desde que se fica longe da palhaçada de um Roger Moore e da inverosimilhança de um Pierce Brosnan, podem contar conosco!

(clicar no poster para aceder ao teaser trailer)

sábado, 28 de junho de 2008

"Vinyan": um novo "Calvaire" na selva tailandesa

O belga Fabrice Du Welz ainda não é muito conhecido dos cinéfilos que acompanham de longe o cinema de género francófono. Mas os mais atentos, e que moram em Lisboa, puderam descobrir a sua primeira longa-metragem, intitulada “Calvaire”, numa projecção organizada em 2005 pelo CTLX – Cineclube de Terror de Lisboa.

(clicar no poster para aceder ao trailer de "Calvaire")

Para terem uma ideia do talento deste senhor, “Calvaire” foi simplesmente uma das melhores propostas do género dos últimos anos, aliás desde o renascer do cinema de terror em 1999/2000. Du Welz demonstrou com a sua primeira obra uma maturidade visual e temática impressionante, prestando homenagem ao cinema dos anos 70 (o incontornável “The Texas Chain Saw Massacre” de Tobe Hooper em primeiro lugar) e ao mesmo tempo introduzindo-nos no seu universo atípico, doentio, brutal e sem concessões. “Calvaire” é no final um monumento imperdível de cinema visceral e perturbador, como qualquer filme de terror deveria ser.
Nesse contexto, não podíamos deixar passar o seu próximo projecto, que como vamos ver é mais uma promessa de cinema transgressivo e inteligente para além de fazer a prova da integridade e do amor do género sem limites de Fabrice Du Welz.
“Vinyan” (fantasma em tailandês) conta a tragédia de um casal de arquitectos (Emmanuelle Béart e Rufus Sewell) que vivem em Banguecoque. Na altura do tsunami que arrasou a região, o casal perde o seu único filho e fica desesperado. Durante o difícil processo de luto que se segue, numa festa de caridade para angariar fundos para as vítimas do tsunami, a mãe reconhece o seu filho num vídeo que mostra as consequências do desastre no país. Começa então uma terrível descida aos infernos onde a mãe, decidida a encontrar o seu filho custe o que custar, convence o seu marido a acompanhá-la numa viagem sem retorno pelas selvas tailandesas e birmãs.

(clicar na foto para aceder à ficha técnica do filme)

Temos andado de olho neste projecto mais do que aliciante há já algum tempo mas estávamos à espera de um primeiro trailer para falar deste “Vinyan”. Cá está ele então e todas as nossas esperanças acabam de crescer exponencialmente, tanto as imagens do filme prometem uma bomba de violência interior, tirando um partido alucinante dos cenários tailandeses para dissertar sobre temas tão importantes como o luto impossível, a perda de si próprio, o confronto ocidente/oriente através da dualidade antinómica razão/fé, a figura da criança e o que ela representa num mundo de adultos, etc.
Fabrice Du Welz e o seu sobredotado director de fotografia Benoît Debie compuseram imagens hipnóticas, fazendo do décor uma autêntica personagem com a utilização do máximo de luz natural possível. Assim, parece que existe um perigo a cada canto da imagem, mas um perigo de ordem sobrenatural, não palpável e sem limites, que poderá ser tão interior quanto exterior com estas figuras mais do que inquietantes de crianças fantasmagóricas.

(clicar na foto para aceder ao blogue de Fabrice Du Welz sobre "Vinyan")

Fabrice Du Welz cita como influências três filmes em particular: “Don’t Look Now” de Nicholas Roeg, “The Brood” de David Cronenberg e “Quién Puede a Matar a un Niño?” de Narciso Ibáñez Serrador. Três clássicos intemporais que tratam cada um à sua maneira da figura da criança, da consequência trágica da sua perda e da violência contida em cada uma delas inerente à sua posição na sociedade imposta pelos adultos. Três obras visionárias, transgressivas, intelectuais, formalmente superiores e atmosféricas. Características que parecem definir “Vinyan” de Fabrice Du Welz, cineasta que de certeza irá mais uma vez nos surpreender.

(clicar na foto para aceder à uma entrevista em vídeo do realizador)

Du Welz, que depois de “Calvaire”, teve a inteligência e a integridade de recusar uma série de projectos vindos de Hollywood (nomeadamente o patético remake de “The Fog”), preferindo continuar a fazer projectos pessoais. “Vinyan” demorou 4 anos a fazer e prepara-se para estrear na Bélgica e em França no próximo dia 1 de Outubro. Não há dúvidas que é de artistas deste calibre que o cinema de género precisa e, juntando-se a “Martyrs” de Pascal Augier, “Vinyan” é o filme de terror mais esperado do ano. Esperemos que desta vez, o filme chegue como deve ser a Portugal, tem de acabar de vez o verdadeiro cinéfilo ser assim tão mal tratado. ‘nuff said!

(clicar na foto para aceder ao assombroso trailer de "Vinyan")

"Punisher: War Zone": Titus Pullo's revenge

"Saw V": primeiro teaser poster

Isto ainda interessa a alguém?

quinta-feira, 26 de junho de 2008

"Achilles and the Tortoise": Trilogia da Introspecção de Takeshi Kitano

O realizador-actor-escritor-cómico-pintor-apresentador TV japonês Takeshi Kitano já dispensa apresentações. Um dos mais iconoclastas e multifacetados artistas a actuar na 7ª Arte é um dos raros nipónicos a ter tido um certo destaque em Portugal, com várias estreias nas salas nacionais desde a obra-prima "Hana-Bi", estando também a sua filmografia bastante bem representada em DVD.
Todavia, porque há sempre um "mas" com o nosso belo país, os últimos filmes de Takeshi Kitano ainda não apareceram por cá. De facto, desde o excelente e surpreendente "Zatoichi" datado de 2003, releitura imperdível da clássica personagem de espadachim cego e invencível popularizada pelo incontornável Shintaro Katsu numa série de 26 chambaras que marcaram para sempre o género do filme de época e de sabre nipónico, que não há registo de Beat Takeshi nos grandes ecrãs portugueses.

Que é feito então de "Takeshis'" de 2005 e de "Glory to the Filmmaker!" de 2007? Boa pergunta. Será que os distribuidores nacionais estão com medo da nova vertente da carreira cinematográfica do imprevisível Kitano? Tudo deixa a pensar que sim porque, uma vez vistos os filmes, o menos que se poderá dizer é que o cineasta está decidido a partilhar com o espectador um profundo questionamento sobre a sua carreira e sobre a sua condição de artista, mero entertainer no Japão, realizador intelectual na Europa. Resultado no ecrã: dois filmes que não se parecem com nada que já se tenha visto, seja nos filmes do próprio realizador, seja no cinema em geral. Aliás, até o inclassificável "Getting Any?" de 1995 é totalmente ultrapassado em termos de absurdo e de loucura narrativa e visual.

"Takeshis'" e "Glory to the Filmmaker!" são portanto 2 mises en abîme sem precedentes que reavaliam todas as obras de Takeshi Kitano (ao ponto de parodiar muitas cenas dos vários filmes) e procuram pôr em questão o seu estatuto na indústria e a sua imagem junto da inteligentsia da crítica profissional, sobretudo europeia.

E, como Beat Takeshi já o tinha dito, essa introspecção que deixou muitos dos seus maiores fãs perplexos ou até irritados (não é o nosso caso, há muito interesse nesses 2 filmes, mesmo se temos saudades do Kitano anterior) deverá ser concluída com este 3º filme, intitulado "Achilles and the Tortoise", cujo trailer acabadinho de ser revelado destacamos aqui.
O bizarro, o grotesco, a reflexão egocêntrica, tudo marca novamente presença neste novo filme, desta vez dedicado ao Kitano pintor. Única diferença de importância, é que o filme parece muito mais um drama humano do que uma comédia feroz e sem nexo. Mas cheira-me que este trailer poderá enganar um pouco sobre a verdadeira natureza do novo trabalho de Takeshi Kitano, sendo que "Achilles and the Tortoise" (que título!) foi vendido anteriormente como mais uma comédia na onda dos 2 filmes precedentes.
Enfim, espera-nos de certeza mais um filme de doidos e único, traduzindo as escolhas arriscadas de Kitano, postura questionável mas in fine corajosa e de louvar, atendendo ao facto de ser irrecusável acompanhar um cineasta deste calibre numa tal partilha do que lhe vai na alma. É raro, para não dizer inédito, portanto Takeshi Kitano poderá sempre contar conosco. Pena é não poder contar com os distribuidores nacionais para que os filmes atrasados sejam exibidos nas nossas salas, uma vergonha!

(clicar no poster para aceder ao trailer)

"Inju, la bête dans l'ombre": Edogawa Rampo versus Barbet Schroeder

O realizador francês, de origem iraniana, Barbet Schroeder está de regresso às longas-metragens de ficção após 6 anos onde apenas dirigiu o documentário "L'Avocat de la Terreur" o ano passado.
O veterano cineasta sempre se caracterizou por uma grande versatilidade, abordando todos os géneros com mais ou menos sucesso artístico. Dos seus filmes mais marcantes, destacam-se assim o drama alcoólico "Barfly", o biopic ambíguo "Reversal of Fortune", o polar negro "Kiss of Death" ou ainda o atípico e perturbador "La Virgen de los Sicarios".
Para não fugir à regra, o seu novo filme é mais um obra diferente na sua filmografia. De facto, "Inju, la bête de l'ombre" é uma adaptação de um livro do mestre nipónico da literatura de terror e de mistério, Edogawa Rampo, justamente assimilado ao incontornável Edgar Allan Poe. "Inju" conta a história de Alex Fayard, romancista francês que se encontra no Japão para fazer a promoção do seu novo livro. Mas quando conhece a jovem e bela geisha Tamao, ameaçada de morte por um antigo amante, e decide ajudá-la, Alex Fayard vai confrontar-se com o célebre escritor Shundei Oe, autor de livros policiais e do qual Alex é o especialista em França. Começa então uma descida aos infernos por um submundo misterioso e perverso onde terá lugar uma trágica perseguição a um homem obcecado pela vingança.
Quem conhece o universo de Edogawa Rampo ("Blind Beast" e "Black Lizard" são 2 das suas obras mais conhecidas) sabe que as suas histórias são sempre marcadas por um negrume social e um clima doentio onde os sentimentos mais perversos se misturam a uma investigação policial à primeira vista tradicional.
Nesse contexto, o trailer do filme de Barbet Schroeder parece captar toda a essência do universo do escritor e, mais surpreendente, todas as particularidades do cinema japonês. É simples, se nos tivessem dito que este filme era realizado pelo genial e defunto Kinji Fukasaku (que já adaptou Rampo no cinema com justamente "Black Lizard" em 1968), se calhar teríamos acreditado. Mesma secura de imagem, mesma irrupção repentina da violência, mesma mistura de clima realista parasitado pelo mistério e o desconhecido. Sem dúvida que "Inju" se apresenta como uma excelente proposta de cinema de género, sendo que a dupla visão ocidente/oriente pode sempre proporcionar grandes momentos cinematográficos.
Previsto para estrear em França no próximo dia 3 de Setembro, esperemos que o novo filme de Barbet Schroeder chegue a Portugal porque a curiosidade está no seu auge para descobrir esta possível pérola.

(clicar no poster para aceder ao trailer e ao site oficial do filme)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

"All the Boys Love Mandy Lane": indie-slasher

A recente divulgação de um novo poster permite-nos falar sobre este filme que já data de 2006 mas que pouco a pouco tem feito o seu pequeno efeito na comunidade geek através sobretudo da sua passagem em alguns festivais de cinema de renome (Toronto, Stiges, Gérardmer).
"All the Boys Love Mandy Lane", primeira longa-metragem do jovem Jonathan Levine, é portanto uma proposta de slasher que nada à primeira vista diferencia do banal produto de Hollywood que nos mostra um bando de jovens descerebrados a serem chacinados por um assassino misterioso.
Todavia, aqueles que o têm defendido descrevem um filme muito mais abrangente e profundo do que um básico slasher, mistura de um horror movie eficaz e bem realizado com uma reflexão sobre a adolescência na sua vertente mais negra onde impera a ingenuidade, a arrogância, a traição e a humiliação. Os mais entusiastas chegam ao ponto de relatar um filme lírico sobre a passagem à idade adulta com um ambiente de terror na onda do puro cinema badass dos anos 70 encabeçado pelo "Texas Chain Saw Massacre" de Tobe Hooper.
Se estamos à partida dubitativos, um facto é que o trailer e outras imagens demostram um arrojo de realização pouco habitual para este tipo de série B americana e o filme parece ter ambiente, o que é meio caminho andado para conseguir um filme de género digno desse nome. Aliás, o filme tem sido tão bem falado que deverá ser objecto de um estreia discreta nos cinemas norte-americanos no próximo mês de Agosto.
"All the Boys Love Mandy Lane" é então uma curiosidade, sem dúvida que valerá mais do que os direct-to-video habituais, mas esperemos que o hype, que já nos deu vontade de descobrir o filme, não seja mais uma vez exagerado. Wait and see!

(clicar no poster para aceder aos trailers)

terça-feira, 24 de junho de 2008

"The New World": extended cut

Já esperávamos por isto desde a estreia do filme em DVD e, apesar de todo o tempo passado, ainda queríamos acreditar que esta ansiada versão longa chegaria finalmente ao mercado DVD. Aleluia, é portanto mais 30 minutos desta absoluta obra-prima que é "The New World" do grande Terrence Malick, que poderemos febrilmente descobrir no conforto do nosso lar a partir de 14 de Outubro, pelo menos em zona 1 e de certeza pouco tempo depois em zona 2 e com legendas em português. Para relembrar este sonho acordado em película, podem clicar no poster e ler ou reler a nossa crítica dos bons velhos tempos do defunto FanatiCine.

"Tyrannosaurus Rex": the devil's reject is back!

Após o promissor e surpreendente "House of 1000 Corpses", o doentio e indispensável "The Devil's Rejects" e o corajoso e brutal "Haloween", o melhor realizador norte-americano de filmes de terror da actualidade está de volta com "Tyrannosaurus Rex".
Por enquanto, não se sabe nada do filme mas este teaser poster é amplamente suficiente para se aguardar com serenidade até 2009. "51% motherfucker, 49% son of a bitch": não há dúvidas, we love Rob Zombie!

"The Dark Knight": The Joker rules!

Falta sensivelmente um mês para uma das estreias mais aguardadas do ano: "The Dark Knight" ou "O Cavaleiro das Trevas", dia 24 de Julho. Até là, o Joker continua a dar que falar. Creepy!

sábado, 21 de junho de 2008

"Surveillance": Lynch descendance

Apresentado no último Festival de Cannes fora da competição, "Surveillance" é o 2º filme de Jennifer Lynch, filha do incontornável David Lynch, aqui produtor executivo.
Apesar de bastante mal recebido em Cannes, o menos que podemos dizer é que o trailer disponível do filme é terrivelmente eficaz e deixa antever uma história de crime bem doentia e misteriosa. O filme segue um agente do FBI, numa aldeia do interior dos Estados Unidos, na sua caça a um serial killer com a ajuda de 3 das suas potenciais vítimas, cada uma delas com uma versão radicalmente diferente dos acontecimentos.
Lógico que, devido à sua filhação, o filme de Jennifer Lynch lembre obrigatoriamente a série de culto "Twin Peaks" que instalou o seu pai no estrelato. Agentes do FBI (Bill Pullman e Julia Ormond, que já trabalharam com David Lynch), uma pacata aldeia com os seus segredos, um serial killer a espalhar mortes violentas.
De facto, é difícil não ir buscar a referência "Twin Peaks". Resta esperar que Jennifer Lynch conseguiu criar um universo visual e temático próprio e suficientemente coerente para não puxar a comparação com o seu ilustre genitor aquando do visionamento do filme. Nesse aspecto, o seu primeiro filme, "Boxing Helena" (1993), não foi particularmente convincente, bem pelo contrário.
Vamos portanto dar o benefício da dúvida, nem que seja só pela qualidade do trailer, enigmático, visualmente forte e muito promissor. Estreia prevista nos USA para o mês de Setembro mas curiosamente o filme aparece no calendário nacional das estreias para o próximo 17 de Julho, será mesmo?

(clicar na foto para aceder ao trailer)

"The Good, the Bad and the Weird": Sergio Leone reborn

Já destacámos o novo filme do sul-coreano Kim Jee-Won, "The Good, the Bad and the Weird", homenagem assumida ao western spaghetti e à Sergio Leone em particular, através de um promo-reel que nos fez crescer água na boca.
Agora, é o trailer que acaba de chegar à Net e todo o bem que pensávamos do filme é aqui confirmado da melhor maneira. "The Good, the Bad and the Weird" só pode ser grandioso!

(clicar no poster para aceder ao trailer)

"Burn After Reading": international teaser-trailer

Need I say more?

"Jack Brooks: Monster Slayer": guilty pleasure da semana

Rodado em 2007, "Jack Brooks: Monster Slayer" do jovem Jon Knautz já pôs o hype a funcionar e a comunidade dos fanboys tem consagrado o filme. Até podermos comprovar se tanto entusiasmo é justificado, fica aqui o trailer (clicar no poster) para tirarem as vossas primeiras conclusões.

"The Mutant Chronicles": o poster definitivo

Para quando uma data de estreia para esta série B que se anuncia explosiva?

"Mirrors": o poster

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"La Horde" e "Mutants": teaser posters

Tem-se assistido a uma relativa ressurgência do cinema de género em França com evidentes qualidades, nomeadamente no filme de terror, referindo-se como melhores exemplos "Haute Tension" de Alexandre Aja, "À L'Intérieur" de Alexandre Bustillo e Julien Maury ou "Frontières" de Xavier Gens.
Enquanto se espera que a polémica à volta da classificação da futura bomba "Martyrs" de Pascal Laugier se resolva e não prejudique este bom momento do cinema de género gaulês, dois outros projectos se anunciam bastante aliciantes. O primeiro é "Mutants" de David Morley que está actualmente em pós-produção, devendo estrear em França ainda este ano. O primeiro filme de David Morley é um survival de terror próximo do universo de "28 Days Later", no qual a terra foi contaminada por um vírus obrigando um casal de sobreviventes a escapar dos infectados ao refugiar-se numa zona aparentemente segura. Poderão visualizar várias fotografias do filme clicando no poster acima.
O segundo projecto intitula-se "La Horde" e é realizado pela dupla de principiantes Yannick Dahan e Benjamin Rocher. Pouco se sabe ainda do argumento, estando o filme em fase de pré-produção. "La Horde" será no entanto um filme de zombies sobretudo virado para a acção e a violência gore, prometendo antológicas batalhas e matanças entre gangsters, polícias e os nossos amigos os zombies, estes últimos rápidos e capazes de correr como no remake de "Dawn of the Dead" de Zack Snyder. Poderão aceder ao myspace do filme, clicando no respectivo poster.
Resta esperar que estas 2 propostas estejam no mínimo em linha de qualidade com os melhores filmes do género da nova vaga francesa. Fiquem portantos atentos a futuras actualizações sobre estes 2 filmes.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

"The Curious Case of Benjamin Button": glorious quicktime

Podemos finalmente desfrutar do trailer do muito aguardado "The Curious Case of Benjamin Button" de David Fincher em excelentes condições graças à Apple e ao seu incontornável quicktime. E depois de o visionar, só me vem à cabeça uma palavra: fascinante! Já cheira à obra-prima, meus amigos.

(clicar no poster para aceder ao trailer em HD)

"Ong Bak 2": lição de artes marciais parte 2

Os aficionados de filmes de artes marciais não terão esquecido certamente o filme tailandês "Ong Bak" realizado em 2003 por Prachya Pinkaew e que revelou o atleta sobrehumano Panom Yeerum a.k.a Tony Jaa.
Relativamente pobre visualmente e em termos de argumento, "Ong Bak" não deixou de ser uma revolução, reintroduzindo no cinema de género a brutalidade e a noção de veracidade das lutas de artes marciais, neste caso o muay thai, num legado directo do icónico Bruce Lee.
Assim e após a segunda colaboração da dupla no semi-convincente "Tom Yum Goong - A Honra do Dragão" em 2005, prepara-se para estrear na Tailândia o há muito falado "Ong-Bak 2". Desta vez realizado pelo próprio Tony Jaa, só pode ser uma autêntica lição de artes marciais em grande ecrã que nos espera.
Aliás, é mesma essa a ideia que nos é vendida por este promo-reel de quase 4 minutos, onde é explicitado todos os estilos que o Tony Jaa irá utilizar para arrasar os seus oponentes. Apesar de não podermos esperar uma grande obra em termos cinematográficos, "Ong-Bak 2" será no entanto mais um grande momento de adrelina que nos deixará de certeza de boca aberta face aos feitos inacreditáveis efectuados de verdade por Tony Jaa. Felizmente, à semelhança dos seus 2 filmes anteriores, este "Ong-Bak 2" deverá estrear nas salas portuguesas.

(clicar no poster para aceder ao promo-reel)

"Mad Detective": multiplicidade cinematográfica

Para quando a estreia no nosso circuito comercial de um filme do indispensável Johnnie To? Falavámos há umas semanas do brilhante "Sparrow" mas que dizer deste filme único, desta autêntica experiência cinematográfica que representa "Mad Detective"?
Quem teve a possibilidade de descobrir o filme no último IndieLisboa, sabe do que estou a falar. Realizado antes de "Sparrow", "Mad Detective" é um dos auges da filmografia de Johnnie To, atípica imersão na mente perturbada de um génio da investigação que vê mais além do que o comum dos mortais, visão essa que o realizador nos faz partilhar, apenas e da melhor forma imaginável, pelo seu alucinante trabalho de câmara.
Fica aqui então um dos vários trailers (clicar no poster) para dar uma ideia do estrondo que o filme representa, o qual seria uma perfeita escolha como primeira estreia nacional de um dos mais importantes cineastas asiáticos da história da 7ª Arte, nada menos!

"Storm Riders: Clash of the Evils": fantasia heróica em anime chinês

Ora aqui está um empolgante trailer de um épico fantástico de animação chinês intitulado "Storm Riders: Clash of the Evils" e realziado por Dante Lam. Apesar da qualidade de animação ser claramente inferior a dos mestres que oficiam no Japão, este filme anuncia-se como um monstruoso momento de antologia, deixando no ar uma grande curiosidade. Enjoy!

terça-feira, 17 de junho de 2008

R.I.P. Stan Wiston

Um dos mestres dos efeitos especiais, pai de Terminator, do Predador, dos dinossauros de "Jurassic Park", entre muitos outros, faleceu ontem dia 15 de Junho. Fica aqui um adeus a um dos grandes mágicos da 7ª Arte.

sábado, 14 de junho de 2008

"El Orfanato": crítica

Sinopse
Laura (Belén Rueda) regressa ao antigo orfanato onde foi criada, acompanhada pelo seu marido Carlos (Fernando Cayo) e o seu filho Simon (Roger Príncep), com o objectivo de transformar o velho e abandonado edifício num estabelecimento para crianças deficientes. Mas rapidamente, Simon confessa à Laura que tem comunicado com outras crianças que aparecem à volta da casa abandonada. De início, Laura não liga muito e acha que isso tudo é fruto da imaginação fértil do seu filho mas um terrível drama vai mudar a sua visão para sempre.

Comentário
Já é conhecido o actual estatuto de terra prometida do cinema de género europeu que nuestros hermanos representam e “O Orfanato” é mais uma prova brilhante dessa constatação. Se ultimamente só se tem falado do fenómeno “[Rec]”, a nova pérola vinda de Espanha não é o filme de Jaume Balagueró e Paco Plaza mas sim esta história de fantasmas e de casa assombrada, aparentemente demasiada clássica, e que se revela um melodrama introspectivo e emocionalmente avassalador sobre a morte da nossa criança interior e o luto particularmente doloroso que a mesma nos impõe.
À partida, “O Orfanato” poderá relembrar de forma prejudicial filmes relativamente recentes como “The Others – Os Outros” de Alejandro Amenábar ou “Frágeis” de Jaume Balagueró, sendo os evidentes pontos em comum uma heroína feminina, uma instituição assombrada e fantasmas de crianças que morreram de forma violenta.
Mas também poderemos citar “Nas Costas do Diabo” de Guillermo Del Toro, atendendo a que o genial realizador mexicano do “Labirinto do Fauno” é aqui produtor e a influência do seu universo tão particular, caracterizado por um olhar directo sobre o sofrimento, a anormalidade, o terror infantil e a Morte, é inegável.
Todavia, o jovem Bayona, estrela em Espanha pelos seus videoclips e premiado por algumas das suas curtas-metragens, soube utilizar todos os códigos inerentes ao género para desenvolver uma estrutura e uma diegese clássica de filme gótico de casa assombrada e assim melhor tornear o que o espectador espera de um filme desse tipo.
Citamos várias influências recentes há pouco mas o estilo clássico de Bayona e a sua mestria visual discreta levam-nos mais atrás no tempo, onde as referências incontornáveis são obras-primas como “Os Inocentes” de Jack Clayton (1961), “Rosemary’s Baby – A Semente do Diabo” de Roman Polanski (1968), “Full Circle” de Richard Loncraine (1977), “La Residencia” de Narciso Ibáñez Serrador (1969) e, directamente citados no filme, “The Haunting – A Casa Maldita” de Robert Wise (1963), com a cena do monólogo interior, e “Poltergeist – o Fenómeno” de Tobe Hooper (1982), com a sessão de espiritismo.

Utilizando inteligentemente estas referências para criar um universo próprio onde transparece de forma progressiva uma sensibilidade fora do comum, o cineasta fez na realidade de “O Orfanato” um falso filme de casa assombrada e um verdadeiro drama psicanalítico que subtilmente vai deixando de lado os efeitos de terror já mais do que explorados pelo género para nos falar directamente ao coração.
É essa característica que dá um toque especial ao filme e o transporta para além do seu estatuto de filme fantástico, entrando na esfera dos filmes de género com vários níveis de leitura. Se o cinema de género espanhol tem marcado tanta diferença em comparação com as tentativas europeias de outros países é porque os cineastas ibéricos têm levado a cabo uma verdadeira reflexão sobre esse mesmo cinema de género, procurando sempre quebrar os seus limites e recheando os seus filmes de questões existenciais pertinentes e universais.
Juan António Bayona insere-se portanto de imediato na categoria dos seus ilustres compatriotas, o seu universo ganhando pontos de contacto com o grande Nacho Cerdà, cineasta que traumatizou toda a gente o ano passado com o seu negríssimo e reflexivo “Os Abandonados”. Para além de um percurso inicial parecido, Bayona disserta da mesma forma intensa e intimista sobre o luto e o impacto da Morte, as introspecções, as tomadas de consciência, basicamente tudo o que compõe a nossa identidade e o nosso estatuto de ser humano.
Portanto, “O Orfanato” é daqueles filmes que são muito mais do que aparentam. A inteligência do argumentista Sérgio Sánchez, que assina aqui o seu 1º argumento, e do realizador é precisamente encobrir essas veleidades autorais profundas pela capa do classicismo, tanto em termos visuais como narrativos.

O filme avança mascarado, à semelhança da figura fantasmagórica de Tomás, destilando com parcimónia um ambiente perturbador e umas cenas de terror eficazes (inclusive uma cena gore inesperada e uma cena de jogo de Macaquinho de Chinês que ficará muito tempo nas nossas memórias) que fazem com que o espectador pense estar em terreno conhecido. No entanto, pouco a pouco, o filme vai se revelando à medida que o ambiente fica mais intimista e que o terror deixa o lugar à empatia e ao sentimentalismo, para explodir num dos clímaxes mais poderosos dos últimos anos a nível emocional.
Não ficando nada atrás dos filmes de Guillermo Del Toro, Jaume Balagueró ou Nacho Cerdà, “O Orfanato” é daquelas pérolas que não deixam dúvidas sobre a superioridade do cinema de género, demonstrando uma coerência narrativa exemplar na sua mistura entre realidade e fantasia, um rigor formal constante com grande fluidez de câmara e segurança de quadro e uma deferência indispensável para com o género na sua fé nas personagens, na história, no ambiente e nas temáticas abordadas. Tendo ainda em consideração que se trata de um 1º filme para o realizador, o argumentista e grande parte da equipa técnica, “O Orfanato” é um autêntico golpe de mestre com mais maturidade do que a maioria dos falsos filmes de género que têm estreado nas nossas salas, nomeadamente essa horrenda epidemia de remakes americanos de filmes de terror estrangeiros.
Portanto, já sabem o que é que vos resta fazer dia 19 de Junho, ir ver “O Orfanato” no cinema mais próximo, esperando-se que o filme seja distribuído como deve ser, e não deixar que um filmaço destes, tão tocante emocionalmente e tão estimulante intelectualmente, passe injustamente despercebido em Portugal. ‘nuff said!

Nota: o "O Movie, Where Art Thou?" desenvolveu um parceria com o "IndieFrente", programa de rádio dedicado à música Indie que lançou agora uma rubrica de cinema e que teve a amabilidade de nos convidar para elaborar os conteúdos da mesma, sendo que para a 1ª edição falamos portanto do incontornável "El Orfanato".
Assim, para além de ler no blogue algumas das nossas críticas, poderão ouvir-nos a falar desses mesmos filmes ou no Programa, todas as sextas das 20h às 22h, ou posteriormente através de podcast. Para isso, relembramos os links necessários, que já constam da lista do blogue: "IndieFrente" (myspace) ou "Caixa Pirata" (site próprio). Contamos convosco e fica aqui um grande abraço e um obrigado aos Produtores do IndieFrente.

"Death Race": "The Fast and the Furious 2000"

O outrora simpático realizador de "Event Horizon" e "Soldier", Paul W.S. Anderson transformou-se há muito num dos piores yesmen de Hollywood. Provas do delito: "Resident Evil" e "AVP: Alien vs. Predator", sem contar com os argumentos dos ridículos "Resident Evil: Apocalypse" e "Resident Evil: Extinction".
Verdadeiro pesadelo para qualquer fanboy de cinema de género, nunca lhe poderemos perdoar ter arruinado 3 sagas tão importantes como "Resident Evil" e, sobretudo, "Alien" e "Predator". E é nesse contexto que o realizador se prepara para destruir mais um projecto aliciante, o remake da série B de culto, "Death Race 2000" de Paul Bartel, guilty pleasure jubilatório datado de 1975 com David Carradine e Sylvester Stallone.
O filme de Paul Bartel é o filme perfeito para um remake, atendendo a todo o potencial que lhe é inerente e que poderia dar um bombástico resultado graças à tecnologia actual. Mas essa constatação seria verdade se o filme tivesse caído nas mãos de um verdadeiro cineasta, capaz de uma realização visceral, com cenas de acção antológicas, e de desenvolver em simultâneo um discurso subversivo e inteligente, como qualquer filme futurista digno desse nome o deve fazer.
Logicamente, não podemos esperar um tal filme de Paul W.S. Anderson. Bem pelo contrário, só podemos esperar um blockbuster descerebrado com look MTV e realização epiléptica, à boa moda dos actuais filmes de acção oriundos de Hollywood.
Acham que estamos a ser demasiado pessimistas? Ok, vejam então o trailer de "Death Race", acabadinho de chegar à Net e se calhar ainda vão achar que estamos a ser brandos! Fotografia banal e digna de uma série TV, planos frenéticos de videoclip com menção especial para a música de fundo dos Guns & Roses (lindo!!!), heróis chunga e tratamento visual das corridas iguais a um "The Fast and the Furious", enfim, este remake anuncia-se particularmente falhado. Quem tiver coragem para deixar uma derradeira vez o benefício da dúvida a Paul W.S. Anderson que o faça, eu já não tenho! Estreia USA: 22 de Agosto.

(clicar na imagem para aceder ao trailer)

"Wall-E": next Pixar masterpiece?

Faltando apenas 2 semanas para a estreia nos Estados Unidos de "Wall-E", próximo filme de animação da Pixar dirigido por Andrew Stanton, realizador de "Finding Nemo", aproveitamos para divulgar 4 novos posters deste aguardadíssimo filme que deverá, para variar, confirmar a absoluta superioridade da Pixar sobre os outros estúdios americanos concorrentes. E para quem ainda não viu os trailers, basta clicar nos posters para corrigir essa grave falha.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

"Martyrs": update

Para àqueles que não tiverem tempo de ver o assombroso promo reel de "Martyrs" que destacamos nos últimos dias (o vídeo foi retirado da Net a pedido do próprio Pascal Laugier por não se tratar de um trailer mas de um vídeo para vender o filme aos profissionais), pomos aqui um link para 2 teasers do filme, que são bem menos in your face mas, ao mesmo tempo, bem mais misteriosos, transmitindo perfeitamente o clima doentio que o filme promete.
Entretanto, a decisão tomada pelo Ministério da Cultura francês foi voltar a fazer passar o filme perante a Comissão de Classificação para nova avaliação. Continuaremos então a informar sobre os desenvolvimentos deste assunto, sendo que não há dúvidas que "Martyrs" é neste momento o filme de terror mais esperado dos últimos anos pela comunidade de fãs de cinema de género.

(clicar no poster para aceder aos teasers)

"Punisher: War Zone": será desta?

Ainda paira num cantinho perverso da nossa memória a afronta intolerável que representou a mais recente adaptação do "Punisher" para o grande ecrã. De facto, raramente se viu tal lixo numa sala de cinema, somente ultrapassado pelo indescritível "Ghost Rider". Desde o patético Thomas Jane perdido no papel principal até ao argumento totalmente ridículo e a não realização de Jonathan Hensleigh, não havia nada a salvar de mais uma produção Marvel que só podia enfurecer os fãs.
Daí que o anúncio de uma sequela, só podia fazer rir. Intitulada "Punisher: War Zone", esta sequela teve pelo menos a brilhante ideia de mudar de actor principal. Só por isso, vale a pena espreitar mais além. Depois, o actor escolhido foi uma agradável supresa. De facto, Ray Stevenson fez mais do que nos convencer no seu papel de Titus Pullo na brilhante série "Rome". Imponente, carismático e ultra badass, o actor parece à partida uma escolha acertada.
O problema é que a política mais do que duvidosa de contratação de realizadores por parte da Marvel continua e não podemos deixar de achar que havia bem melhor que a cineasta Lexi Alexander para encabeçar este projecto. A realizadora de origem germânica apenas deu nas vistas com o filme "Hooligans", retrato pouco convincente do hooliganismo londrino onde faltava precisamente um verdadeiro visceralismo e ponto de vista. Queria uma mulher capaz de filmar acção como deve ser? Bastava contratar Kathryn Bigelow.
Sendo assim, não sabíamos bem o que pensar desta sequela, sendo que os últimos filmes Marvel não foram dignos de nos apaziguar (alguém disse "Iron Man"?). Eis que surge então sem avisar o primeiro teaser-trailer. E mesmo se ainda é demasiado prematuro para ficar relativamente optimista, temos de admitir que este teaser-trailer tem mais ambiente e realização do que o filme anterior inteiro! Ray Stevenson parece confirmar a confiança depositada nele, bastando aparecer uma vez ou dizer uma fala para aniquilar para sempre o parolo do Thomas Jane. A fotografia parece bem trabalhada e o gunfight mostrado nas imagens demostrado algum estilo de realização.
Mas o que mais surpreende é alguma iconização da personagem, o que fazia uma tremenda falta ao filme anterior. O Punisher aparece aqui como o conhecemos, fato, atitude e postura a condizer. Este anti-herói, um dos mais emblemáticos do mundo dos comics, parece ter reencontrado o seu propósito primordial, ou seja, meter medo, ser ambíguo e matar sem pensar 2 vezes. E não torturar os vilões com um gelado nas costas ou brincar às escondidas com os seus vizinhos simpáticos.
Em conclusão, provisória, este teaser-trailer até surpreende pela positiva mas não o suficiente par nos deixar convencidos que "Punisher: War Zone" será um bom filme. A ver, vamos, estando a estreia prevista nos Estados Unidos para 5 de Dezembro.

"Miracle at St. Anna": war drama trailer

Terça-feira passada, destacámos o novo filme de Spike Lee, "Miracle at St. Anna", através do seu poster acabado de chegar à Net. E, numa agradável supresa, o trailer já foi divulgado e fez com que a nossa curiosidade ficasse imediatamente no auge para descobrir o filme. De facto, este drama de guerra anuncia-se forte, épico e muito emocional. De repente, o último trimestre 2008 parece muito longe.

(clicar na imagem para aceder ao trailer)

"Mirrors": teaser-trailer e foto gore

Temos vindo a acompanhar a produção de "Mirrors", o novo filme de Alexandre Aja, thriller sobrenatural supostamente visceral e graficamente violento.
Foi agora revelado o primeiro teaser-trailer, ainda bastante curto e mostrando pouco o que nos espera, mesmo se curiosamente estas imagens relembram a maioria dos remakes do género produzidos por Hollywood nos útlimos anos, o que não é à partida bom sinal. Mas várias fotografias bem gore, como esta que divulgamos, deixam pensar que podemos continuar a contar com Alexandre Aja para nos brindar com filmes de terror sem concessões. Cool!

(clicar na imagem para aceder ao teaser-trailer)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Babylon A.D.": até que enfim, o trailer!

Aleluia! Cá está o trailer tão aguardo de "Babylon A.D." de Matthieu Kassovitz, o seu actioner sci-fi metafísico e apocalíptico. O trailer dá furiosamente vontade de descobrir o filme, as imagens são simplesmente fabulosas.
Todavia, e para temperar um pouco o nosso entusiasmo, as primeiras reviews que apareceram na Net não são nada favoráveis, descrevendo o filme como um simples blockbuster com cenas de acção mal realizadas e um último terço confuso e tratado demasiado rapidamente. Mesmo se a primeira parte do filme tem sido relativamente elogiada, assim como o seu ambiente e o seu production design, em geral o filme é mal tratado e pelos vistos sofre em demasia da comparação com o inesquecível "Children of Men" de Alfonso Cuarón.
Neste contexto e tendo em conta os inúmeros problemas durante a produção que nos levam à partida a acreditar nestas reviews, só nos resta esperar que estejam todos enganados e que Kassovitz conseguiu a sua aposta. Keep the faith!

"Red Cliff": new chinese trailer

Aguardado como a futura bomba do filme de sabre chinês, "Red Cliff", o novo filme de John "The Killer" Woo, continua a revelar-se na Net com mais um trailer, desta vez o trailer chinês. O resultado continua a prometer grandiosidade e sentimento épico levado ao auge, sem esquecer ainda batalhas homéricas com a habitual violência gráfica magnificada pelo trabalho icónico da câmara de um dos mestres de Hong-Kong. Sem dúvida, um dos filmes incontornáveis da temporada.

(clicar na imagem para aceder aos vários trailers)

terça-feira, 10 de junho de 2008

"Martyrs": uma possível revolução para o cinema de género europeu

No início deste blogue, destacámos um poster e um link para fotografias particularmente doentias de um filme de terror francês intitulado "Martyrs" e realizado por Pascal Laugier, autor do ghost movie "Saint-Ange" editado em DVD em Portugal.
Desde então, "Martyrs" transformou-se nada menos do que no filme de terror mais aguardado do ano e uma possível revolução para o género na Europa.
Tudo começou com um enorme buzz no último Festival de Cannes, onde foram realizados pelo menos 2 screenings no mercado do filme. Todos aqueles que descobriram o filme ficaram literalmente a bater mal! Apesar de algumas opiniões negativas com os eternos meninos bem pensantes que ficaram ofuscados por tanta violência e tanta ambiguidade, a generalidade dos verdadeiros fãs do género foram inequívocos, "Martyrs" é uma obra-prima brutal e extremista que porcura perturbar o espectador e fazê-lo reflectir sobre o sentido das imagens, sem nunca esquecer de fazer um verdadeiro filme de género.
Será que temos aqui o derradeiro descendante do inegualável cinema de terror dos anos 70? Acreditando-se nos comentários recolhidos à saída das salas de Cannes, parece bem que sim, o impacto do filme sendo já comparado ao que se viveu na altura de "The Texas Chain Saw Massacre" de Tobe Hooper ou "Dawn of the Dead" de George A. Romero.

Fazendo crescer o buzz mas infelizmente prejudicando a distribuição do filme, o comité de visionamento francês, que atribui portanto a classificação aos filmes a estrear no cinema, decidiu a semana passada classificar "Martyrs" para maiores de 18. É preciso saber que uma classificação para maiores de 18 em França equivale praticamente a considerar o filme como um filme pornográfico, fazendo com que a maior parte dos exploradores das salas de cinema recusem exibir o filme. Em suma, é a morte comercial do filme. Quando se constata que filmes franceses do género como "À L'Intérieur" e "Frontières" obtiveram uma classificação para maiores de 16 com uma advertência, torna-se incompreensível esta decisão, claramente um ataque ao cinema de género livre e independente que poderá pôr em causa toda a produção actual desse tipo de cinema, já por si só frágil e vulnerável.
As primeiras e graves consequências da referida decisão, foi a anulação da estreia prevista para 18 de Junho em França, ficando ainda por determinar uma nova data de estreia. Neste momento, os produtores e Pascal Laugier aguardam a decisão final do Ministério da Cultura gaulês, único organismo que poderá revogar ou não a classificação. Nesse âmbito, o apoio ao filme tem sido bastante forte, com declarações de várias personalidades do meio do cinema e também a organização de uma manifestação de protesto frente ao Ministério da Cultura prevista para a próxima sexta-feira 13, esperando que a decisão a ser tomada, normalmente até ao final da semana, seja favorável ao filme e ao cinema de género em geral.
Em conclusão, poderão clicar no poster acima para aceder novamente à sinopse e a várias fotos do filme, clicar na foto do meio para aceder a uma entrevista de Pascal Laugier (en francês) que expressa toda a sua revolta, com a qual só podemos concordar, e deixamos também aqui um promo reel de mais de 2 minutos que mostra bem o que no espera com este "Martyrs", ou seja, um filmaço visceral e doentio como gostaríamos de ver mais vezes. De referir que este promo reel não deverá ficar muito tempo disponível, portanto despachem-se!


"Our Town": Bloody South Korea

Periodicamente, gostamos de destacar filmes de género asiáticos e, mais uma vez, é a Coreia do Sul que dá nas vistas.
Estreado há já algum tempo no seu país de origem (29 Novembro 2007), "Our Town" é o primeiro filme de Jeong Gil-Yeong e apresenta-se como um thriller particumente perverso e violento. O filme segue o percurso de Kyung-Ju, um escritor com dificuldades financeiras especializado em policiais gore, que mata acidentalmente a proprietária do seu apartamento após uma acesa discussão. Para se safar, Kyung-Ju tem a ideia de encenar o assassínio para o fazer passar por mais uma vítima do serial killer que tem perpetrado várias matanças brutais na região. Todavia, preocupado com o facto da polícia poder descobrir que este último assassínio não passa de uma imitação, Kyung-Ju decide levar a cabo a sua própria investigação para encontrar o verdadeiro serial killer, ajudado por um amigo detective.
As imagens do filme são, como habitualmente no caso das produções sul-coreanas, muito cuidadas, demonstrando uma production value impecável e um savoir-faire que já estamos à espera. Para além disso, num minuto e trinta de trailer, o realizador compõe um ambiente negro e pesado que não deixa indiferente. Apesar do cinema de género, e as produções da Coreia do Sul em particular, recorrem frequentemente às histórias de serial killers, não há dúvidas que este "Our Town" promete muito, numa mistura de violência gráfica perturbadora e de história cruel e ambígua nas suas temáticas.
Podem então clicar no seguinte poster para aceder ao site oficial do filme, chamando-se à atenção para o facto de que o trailer que se encontra logo na primeira página é o trailer censurado, já bastante evocativo em termos de ambiente. Para ver o trailer não censurado e bem mais sangrento, terão de entrar no site, ir à secção multimedia, clicar no negativo de película e escolher o teaser-trailer.