quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"The Coffin": Tailândia e yurei eiga

(clicar na imagem para aceder à galeria de fotos)

A produção cinematográfica tailandesa tem aparecido revigorada nos últimos anos, abordando todos os géneros como o fantástico, o drama, a comédia ou a acção e tendo propiciado uma revolução nos filmes de artes marciais com o incontornável "Ong-Bak".
À semelhança dos seus vizinhos, o Japão e a Coreia do Sul, os cineastas tailandeses têm explorado todo o vasto leque de lendas e rituais do seu país para alimentar quantidade de histórias susceptíveis de se tornarem filmes interessantes e de sucesso.
Ekachai Uekrongtham é precisamente um desses realizadores da nova vaga tailandesa, conjuntamente com cineastas tão diferentes como Nonzee Nimibutr ("Nang Nak"), Pen-Ek Ratanaruang ("Last Life in the Universe", "Invisible Waves"), Prachya Pinkaew ("Ong-Bak", "Tom Yum Goong"), Tanit Jitnukul ("Bang Rajan", "Art of the Devil"), Wisit Sasanatieng ("Tears of the Black Tiger", "Citizen Dog") ou ainda a dupla Banjong Pisanthanakun/Parkpoom Wongpoom ("Shutter", "Alone").
Após "Beautiful Boxer", um biopic que deu nas vistas, Ekachai Uekrongtham ataca agora o filme de fantasmas, tão presente no cinema asiático, com uma obra intitulada "The Coffin". Contando com o actor principal de "Shutter", belo exemplo de yurei eiga à tailandesa, o filme narra o pesadelo de um homem e de uma mulher confrontados com uma série de acontecimentos sobrenaturais aterradores na sequência de terem participado num ritual que consiste em deitar-se num caixão para afugentar o mau olhado e o azar (verdadeiro ritual tailandês).
"The Coffin" acabou de estrear no seu país natal e foi de imediato um sucesso, ocupando o primeiro lugar das bilheteiras. O trailer internacional que foi agora divulgado faz prova de uma terrível eficácia e dá-nos esperança de poder rever um filme de fantasmas digno desse nome, o que não acontece há demasiado tempo depois dos nipónicos terem saturado o género ajudados por Hollywood e os seus patéticos remakes.
Resta esperar por uma oportunidade para descobrir este filme, que deverá naturalmente demorar a chegar a Portugal, se chegar um dia. Por um lado, o verdadeiro cinéfilo português quase que anseia por um remake americano porque assim já sabe que o filme original chegará mais cedo ou mais tarde às prateleiras dos nossos clubes de vídeo. Sad, very sad...

2 comentários:

Marisa Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marisa Borges disse...

Será???