domingo, 13 de julho de 2008

"The Thing" e "Magnolia" ou quando a palavra obra-prima faz todo o sentido

Num fim de semana repleto de grandes filmes e boa companhia, tive o prazer de rever 2 autênticas obras-primas da 7ª Arte, que nada têm a ver uma com a outra, "The Thing" de Big John Carpenter e "Magnolia" de P.T. Anderson.

O primeiro é sem dúvida um dos melhores filmes de sempre sobre a paranoia e o medo do desconhecido mas também se revela uma parábola visceral sobre a invasão total do nosso ser, tanto a nível físico como psicológico, através da representação de um monstro como nunca vimos antes nem depois num ecrã de cinema. Os efeitos especiais e o gore nunca tiveram tanto significado temático! Escusado será dizer que o mestre John Carpenter dá mais uma vez uma lição de cinema, desde a subtilidade dos seus efeitos de câmara passando pela sua impressionante perícia na gestão do espaço. Um filme intemporal e único.

O segundo é simplesmente um dos melhores dramas jamais feitos. Recuperando o filme coral à la Robert Altman, P.T. Anderson transcende o género com um ritmo narrativo incrível, uma câmara aérea muito perto dos actores com multiplicação de planos-sequências alucinantes, relembrando o grande Martin Scorsese, e sobretudo proprociona-nos um crescendo emocional sem equivalentes, denso, profundo e implicativo que nos deixa a meditar sobre nós próprios e sobre a vida. Brutal e transcendente!

Para vos lembrar estas duas pérolas, aqui ficam o trailer de época do "The Thing" e a cena imperdível do "Magnolia" onde todo o cast canta "Wise Up" de Aimee Mann. Oxalá que o fins de semana fossem todos assim. Enjoy!


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